E que trabalho, quantas mãos, quantos pés, ensaios, marteladas no dedo, cola quente queimando as mãos, e um grupo de guerreiros e guerreiras, disposto a passar noites e noites em claro pra deixar tudo prontinho.
Mas quando a Furioza bateu forte os tambores, a alma tava lavada, ali estávamos nós, vermelhos, pardos, brancos, negros, homens e mulheres de garra, com uma só paixão... A Imperatriz.
Passando na avenida víamos o ar de espanto com tanta beleza, o cara que filmava chegou a cair aos pés de nossa comissão de frente. Uma pequena passista nem se importou quando a sua sapatilha perdeu a sola, não pensou duas vezes, colocou os pés puros no chão, e parece que sentiu toda aquela energia, que nada a fazia parar de cantar, de sambar...
As marias e os joãos naqueles minutos eram o show da avenida. Todos se aglomeravam nas mesas e arquibancadas para ver o espetáculo. O jovem que esqueceu o instrumento na quadra, não se importou em ajudar a empurrar o carro, afinal, era tão lindo, tão brilhoso...
Aquela noite nós dormimos com o sentimento de dever cumprido, e que noite, lá no silêncio do quarto, ainda sentíamos aquele tum-tum da Furioza... e devagarinho fomos pegando no sono com a certeza que nada ia nos separar, porque para nós, um carnaval se ganha na certeza que fizemos o melhor, e nós fizemos...
Valeu Imperatriz, para a Zona Norte, tu sempre é nota 10!!!!!!

Um comentário:
Fiquei arrepiadaaaa!! Lindoo!
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